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COMO A PSICOMOTRICIDADE PODE AJUDAR NA SOLUÇÃO DAS QUESTÕES COGNITIVAS, EMOCIONAIS E DO MOVIMENTO CORPORAL

COMO A PSICOMOTRICIDADE PODE AJUDAR NA SOLUÇÃO DAS QUESTÕES COGNITIVAS, EMOCIONAIS E DO MOVIMENTO CORPORAL

 

Quando podemos fazer uso das técnicas de diagnóstico e tratamento da Psicomotricidade?

Na vida cotidiana atual predomina a relação com os recursos tecnológicos - internet, celulares, tablets, e afins. Não há nada errado com isso, entretanto a relação com os recursos do próprio corpo da pessoa acaba sendo colocada em segundo plano. Exigimos muito dos nossos recursos cognitivos, mas esquecemos de que o movimento e o corpo são fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo, inclusive da sua psique. Quando há alguma desarmonia entre os aspectos do movimento, emoção e cognição, podem ocorrer algum dos sintomas que caracterizam um distúrbio psicomotor. É nesse ponto que a contribuição da psicomotricidade se destaca.

 

As pesquisas sobre a Psicomotricidade

 

No início a visão sobre a Psicomotricidade correspondia a um enfoque neurológico, quando foi necessário nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais além das regiões motoras. Com o desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia começaram as constatações de que há diferentes disfunções, inclusive graves, sem que o cérebro esteja lesionado ou sem que a lesão esteja claramente localizada. O neuropsiquiatra Dupré (1909) afirma a independência da debilidade motora como decorrência direta de um possível correlato neurológico. As pesquisas foram avançando nesse contexto e a psicomotricidade passou a ser vista como instrumento na construção do psiquismo. Para Wallon havia uma relação do movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo (Associação Brasileira de Psicomotricidade). Com a evolução dos estudos, a psicomotricidade deixou de ser estudada isoladamente e foi enriquecida com os estudos na educação, da via instintivo-emocional, da linguagem, da imagem corporal, dos aspectos perceptivos-gnósicos e práxicos, dando ao estudo do movimento uma visão mais cientifica e menos mecanicista. (Velasco, Cacilda Gonçalves,1994) A Psicomotricidade baseia-se em uma concepção unificada da pessoa, que inclui as interações cognitivas, sensório-motoras e psíquicas na compreensão das capacidades de ser e de expressar-se, a partir do movimento, em um contexto psicossocial. Ela se constitui por um conjunto de conhecimentos psicológicos, fisiológicos, antropológicos e relacionais que permitem, utilizando o corpo como mediador, abordar o ato motor humano com o intento de favorecer a integração desse sujeito consigo e com o mundo dos objetos e outros sujeitos (ABP apud Costa,2002).

 

Como podemos identificar um problema psicomotor?

A fase da idade escolar é quando mais se observam crianças com problemas psicomotores. A observação de uma criança desajeitada, que esbarra nas coisas facilmente, que cai muitas vezes, que tem dificuldade em se vestir, que não identifica corretamente a roupa (mangas, braços, pernas), que veste de trás para frente, do avesso, que não consegue dar laços em sapatos, pode inferir que exista um distúrbio psicomotor (Brito,_2011). Outras características do quadro a serem investigadas, são os problemas na escrita, tais como, letras irregulares, cadernos desorganizados, troca de letras, desorganização espacial, entre outras (Dorival Rosa Brito) A importância do tratamento Pais, educadores e profissionais da saúde são os principais agentes que devem observar os sintomas que sugerem dificuldades psicomotoras, porque se não tratadas tendem a se agravar, contribuindo negativamente para um baixo rendimento escolar, além de trazer prejuízos na esfera afetivo-emocional. Quando encaminhada a criança a um especialista em psicomotricidade, este avalia o caso e , caso necessário, planeja o tratamento mais adequado ao quadro clínico. O resultado esperado é que as potencialidades do indivíduo sejam recuperadas de forma a propiciar a oportunidade para que a ela se desenvolva de forma integral. “Não há movimento para homens, mas homens que se movimentam; assim como não há objetos para homens, mas homens que os utilizam (Vitor da Fonseca).”

 

Referencias Bibliográficas:

LUSSAC, RICARDO MARTINS PORTO. Psicomotricidade: história, desenvolvimento, Conceitos, definições e Intervenção profissional, Buenos Aires, Disponível em < http:// //www.efdeportes.com/> Revista Digital, Buenos Aires, Ano 13, N° 126, nov. 2008. Acesso em 22-01-2015.

VELASCO, CACILDA GONÇALVES. Habilitações e Reabilitações Psicomotoras na Água, São Paulo, – Editora Harbra Ltda., 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIADE. O que é Psicomotricidade, Histórico da Psicomotricidade, Rio de Janeiro. Disponível em:< http:// psicomotricidade.com.br./ associação brasileira de psicomotricidade/capitulo nacional.> Acesso em: 22-01-2015.

BRITO, DORIVAL ROSA. Distúrbios Psicomotores, disponível em < http://www.drb-assessoria.com. br/3distúrbiospsicomores.pdf.>, 2011. Acesso em: 22-01-2015.

 

Postado por Elisa Montagnini Psicóloga Psicomotricista - CRP 13.555/06

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